Saneamento Básico é tema da Campanha da Fraternidade 2016
Com o objetivo de chamar atenção para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, foi lançada, no dia 10 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2016. Ela desenvolverá suas atividades com foco no problema do meio ambiente e ausência parcial ou total de saneamento básico, através das missas, reflexões em grupos de vizinhos, palestras e meios de comunicação em geral. Além disso, a campanha propõe ações para auxiliar, por exemplo, na prática do lixo seletivo, na limpeza dos rios e lagos, nos cuidados com focos de proliferação de mosquitos da dengue e outros, no cuidado com as árvores e o ar.
Segundo o arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, a Campanha não trata de problemas estritamente religiosos, doutrinais ou dogmáticos, mas de causas sociais que interessam a todos e propõe ações concretas. “Em Juiz de Fora, escolhemos duas ações concretas inicialmente: a conscientização sobre o cuidado com o lixo seletivo, inclusive colaborando com as pessoas mais pobres que vivem de vender lixo reciclável. A segunda ação é ajudar a salvar os rios. Na cidade de Juiz de Fora, pretendemos colaborar com o Poder Público, e fazer parceria com empresas, para maior conscientização a respeito da limpeza e do respeito para com o Rio Paraibuna, devolvendo a ele sua condição natural de ambiente propício para a piscicultura e uso bom de suas águas, evitando inclusive lançar nele o lixo ou o esgoto”, explica.
Saneamento no Brasil
Para o agente de Fiscalização, Elbert Santos, o maior desafio do saneamento no Brasil é fazer com que a lei 11.445/2007 seja efetivamente cumprida. Tal política tem como princípio fundamental a universalização do acesso ao saneamento de forma integral. “Ou seja, a população deverá contar com os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente. Além disso, deverão ter disponíveis, em todas as áreas urbanas, serviços de drenagem e manejo das águas pluviais”, explica.
De acordo com Elbert, as implicações da falta de saneamento podem ser as mais diversas e afetar as pessoas e o meio ambiente nas mais diferentes escalas. “Várias doenças estão diretamente ligadas à falta de acesso ao saneamento. Outra questão é com relação ao aspecto visual e aos maus odores emanados, principalmente quando os esgotos correm pelas ruas, situação que piora drasticamente a qualidade de vida da população. O lançamento de efluentes de esgoto em corpos d’água pode provocar a contaminação e, em tempos de recursos hídricos escassos, o cuidado com a qualidade dos mananciais torna-se ainda mais importante”, afirma.
Segundo os dados do Ministério das Cidades, através do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (ano 2014), mais da metade da população brasileira ainda não possui acesso às redes de coleta de esgotos e somente 39% dos esgotos do país são tratados. No Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas não contam com água tratada em casa e quase 100 milhões estão excluídas do serviço de coleta de esgotos, como aponta publicação, de 2015, do Instituto Trata Brasil.
Assessoria de Comunicação Social Arsae-MG
(31) 3915-8138
Fontes:
CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Instituto Trata Brasil