Arsae-MG debate participação do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática

Diretor-geral da Agência, Antônio Claret, falou sobre a importância da redução do desmatamento e da regulamentação do mercado de carbono na Câmara dos Deputados

 

Nesta terça-feira, 26/10, a Câmara dos Deputados realizou uma reunião para discutir e propor ações e estratégias para o governo brasileiro apresentar na 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26) e o diretor-geral da Arsae-MG, Antônio Claret, foi um dos expositores do evento. Antônio Claret abordou a redução do desmatamento, a legislação ambiental brasileira e a regulamentação do mercado de carbono. Segundo o diretor-geral, é preciso diminuir o desmatamento ilegal em terras públicas na Amazônia para o país poder arrecadar com os créditos de carbono. “Hoje nós sabemos que quase metade do fornecimento deste carbono no mundo, que entraria no mercado de carbono, vem do Brasil. Portanto, cabe ao Brasil lutar fortemente por essa regulamentação, porque, sem ela, nós não vamos conseguir manter inclusive as nossas riquezas. Nós temos a capacidade de receber 45 bilhões de dólares por ano. Ao reduzir o desmatamento, nós vamos conseguir alcançar todos os níveis de carbono zero, obviamente em alguns anos […]. Dessa forma, se reduzirmos o desmatamento público, nós teremos grande parte desses 45 bilhões de dólares para o Governo”, explicou.

Para o diretor, também é preciso mostrar a legislação ambiental brasileira na COP-26.   “Nós temos que mostrar como a nossa legislação é positiva e é favorável ambientalmente, independente de qual governo esteja cumprindo o mandato naquele momento. A nossa legislação é forte”. De acordo com Claret, o Brasil também deve mostrar a existência de alguns projetos de regulamentação do mercado de carbono interno para mostrar o avanço nesse tema e ter transparência no que diz respeito ao desmatamento. “Então, é preciso trazer transparência aos dados, fazer a nossa mea-culpa e mostrar que no Brasil hoje, diferente de todos os outros países do mundo, o foco deve ser no desmatamento. Para isso, já temos a boa legislação”, finaliza.

A COP-26 ocorrerá em Glasgow, na Escócia, de 1º a 12 de novembro de 2021, e tem entre seus objetivos discutir a implementação do Acordo de Paris, que é considerado um dos mais importantes compromissos multilaterais para a redução de emissão de gases de efeito estufa. O resultado dos debates pode servir como sugestões estratégicas ao Poder Executivo.

Para assistir aos debates e ver na íntegra a participação de todos os expositores, clique aqui.

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